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“Sou preta com orgulho” diz atendente após ser vítima de agressão e racismo em Stª Inês

Uma atendente, identificada como Magda Guedelha, foi vítima de rascimo e agressão na tarde de quarta-feira (27), em uma lan house de Santa Inês.

Vídeo que circula na internet flagrou o exato momento em que um homem completamente alterado parte para cima da funcionária com agressões físicas e a chama de “preta, filha da p***”.

A vítima ameaça chamar a polícia caso o homem continue proferindo as ofensas. “Sai daqui, sai! Vou chamar a polícia agora! Quer ir dormir lá? Quer ir dormir na cadeia”.

O agressor revida e a xinga: “Sua preta, filha de uma égua. Sua preta filha de uma p***”! E Magda responde: “sou preta com orgulho!”

Em seguida, o homem é retirado do local por outras pessoas que presenciaram a confusão.

“Quis me bater, jogou o boné em mim, tentou atingir a minha cor, a minha raça, mas não me atinge, porque eu sei que eu sou maravilhosa, sou uma preta maravilhosa”, afirmou Magda Guedelha.

A atendente contou que o homem tentava utilizar os serviços de acesso à internet, enquanto ingeria bebida alcoólica, o que já teria sido vetado pela proprietária do estabelecimento.

“Ontem ele tentou acessar pela manhã com outra latinha, eu neguei atendimento. Quando eu cheguei do meu almoço, ele tentou de novo com uma latinha, eu não deixei. Na terceira vez, ele veio já transtornado, jogou o dinheiro em cima do balcão, já foi entrando pras cabine falando que queria acessar”, relatou Magda

A jovem continuou dizendo que não iria liberar o acesso do cliente porque ele estava “muito bêbado”, segundo ela. “Quando ele tivesse sóbrio, eu liberaria”, disse. “Ele ficou muito transtornado, quis me bater, jogou o boné em mim, tentou atingir a minha cor, a minha raça, mas não me atinge, porque eu sei que eu sou maravilhosa, sou uma preta maravilhosa, e xingou minha mãe”, contou a atendente.

Hoje pela manhã, ela informou que se dirigiu à delegacia para relatar o caso e buscar proteção. “Eu tenho que me prevenir de algum jeito porque vai que ele tá com sangue no olho e quer me bater por aí?”, finalizou.

O coordenador da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) de Santa Inês, Davi Morais, informou que estão fazendo o acompanhamento e uma advogada já articula levar o caso à Justiça (Com informações do Imirante.com).

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