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STF autoriza quebra de sigilos de Eduardo Cunha e família

Presidente da câmara, Eduardo Cunha
Presidente da câmara, Eduardo Cunha

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da esposa dele, Cláudia Cruz, da filha, Danielle, e de empresas ligadas à família.

A informação foi publicada nesta sexta-feira (8) pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada ao G1 pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão de Teori, que atende a um pedido da PGR, é de outubro de 2015.

Cunha é alvo de inquéritos no STF que investigam envolvimento de políticos no esquema da Operação Lava Jato. A quebra de sigilo fiscal e bancário dele e da família abrange o período de 2005 a 2014.

Um dos inquéritos no STF apura supostas contas irregulares mantidas no exterior pelo deputado e sua família.

Com a quebra dos sigilos, os investigadores pretendem mapear as movimentações financeiras de Cunha e eventuais ações irregulares de suas empresas.
De acordo com a reportagem da “Folha”, entre as empresas de Cunha que são alvo da quebra de sigilo estão a Jesus.com e C3 Produções e Rádio. O jornal afirma que os investigadores suspeitam que contas na Suíça repassaram dinheiro para essas companhias.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da Câmara, Eduardo Cunha disse lamentar o que ele chamou de “vazamento seletivo de dados protegidos por sigilos legal e fiscal que deveriam estar sob guarda de órgão do governo”.

No comunicado, ele também diz que, ao contrário do que foi “criminosamente divulgado”, sua variação patrimonial entre os anos de 2011 e 2014 “apresenta uma perda R$ 185 mil”, devidamente registrada nas declarações de renda.

Via G1, Brasília

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