Os índices, cada vez mais elevados, da criminalidade na área de circunscrição da 15ª Delegacia Distrital (São Raimundo), são um desafio às autoridades da área. Além dos casos de assaltos, estupros, agressões e tentativas de homicídios, os assassinatos já estão sendo vulgarizados diante do número elevado de registros.
Cerca de 136 inquéritos sobre homicídios tramitam naquela delegacia, dos quais, 78 foram registrados somente nos dez primeiros meses deste ano, sobre crimes de várias etiologias. A maioria não tem ainda autoria definida.
A delegacia do São Raimundo dispõe de boas instalações físicas, porém não dispõe de estrutura técnica, nem material humano à altura das necessidades, visto que é responsável por mais de 40 comunidades, todas encravadas na zona rural da capital, onde o mato predomina, facilitando aos malfeitores nas fugas após a prática dos delitos; e vivendo graves convulsões sociais.
Os bandidos se utilizam da reserva da Força Aérea para seus esconderijos e para ocultação de cadáveres de suas vítimas, que são executadas de forma acintosa, forma utilizada para implantar clima de medo entre as populações da região. Predomina em toda área de circunscrição do 15º DP (São Raimundo) o narcotráfico que se implantou fortemente, aproveitando-se da ausência do Estado.
Os crimes acontecem à luz do dia, sem o menor pudor. No início da tarde do último sábado, dia 24 de novembro, um adolescente foi morto com um tiro na garganta. Seus familiares falam da existência de uma desavença entre terceiros resultando em uma briga que vitimou o adolescente de apenas 15 anos. O acusado afirma que reagiu a um assalto por uma gangue da qual a vítima faria parte.
Este desencontro de informações será esclarecido através do inquérito instaurado pelo delegado Luiz Carlos, ora respondendo pela titularidade do 15º Distrito Policial (São Raimundo). Dois registros de ocorrência foram feitos. Um pela irmã da vítima e outro pelo advogado do acusado. Ambos bastante divergentes. (Do Imparcial)