Indícios de irregularidades foi confirmada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em contratos da gestão do prefeito Benedito Coroba (PSB) de Itapecuru-Mirim, com a empreiteira GPA Construções.
Todos as provas foram levadas para a Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal, onde será investigada a fraude e superfaturamento com o dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), verba federal que é destinada para pagar salários dos professores, realizar reformas de escolas e outras despesas destinadas ao ensino básico.
De acordo com a informações, Benedito de Jesus Nascimento Neto, conhecido como Coroba que é ex-promotor de Justiça do Ministério Público do Maranhão, também realizou reformas em prédios alugados sem nenhuma justificativa, ou necessidade.
Vale ressaltar, que a escola paroquial São Vicente de Paulo, que está funcionando em um prédio alugado por dispensa de licitação pela prefeitura pelo valor anual de R$ 78 mil. Contudo o valor destinado à GPA Construções para reformas no local é de mais R$ 350 mil.
As duas construções dão o valor total de quase, R$ 430 mil que poderia destinado a compra de um imóvel próprio para a realização dos serviços prestados e ainda sim, sobraria verba para serem destinadas aos cofres públicos.
As contratações ocorreram em 2021, seu primeiro de gestão.
As informações fornecidas pelos auditores TCE-MA à Polícia Federal, consta também a constatação de subcontratação acima de 30% do valor global da obra e ausência de placas de identificação nas construções. A empreiteira vem negando as irregularidades, e diz que as obras executadas em Itapecuru-Mirim tiveram a devida fiscalização.
A GPA Construções já é bem conhecida na corte de Contas maranhense. Por ser envolvida em outro processo, onde é apontada com a beneficiária de quase R$ 400 mil por obras fantasmas nas escolas do município de Anapurus.
A empreiteira fica atualmente no bairro Cumbique, localizado município da Raposa, Região Metropolitana de São Luís. O seu proprietário Glabson de Jesus Pereira, atua em mais de 20 tipos de atividades, que vão de construção de edifício e comércio varejista.
No Portal da Transparência do Governo Federal, ele aparece como beneficiário do programa auxílio emergencial, recurso público destinado às pessoas de baixa renda e trabalhadores que tiveram a renda comprometida pela pandemia da Covid-19, tendo recebido entre maio e dezembro de 2020 o valor de R$ 3 mil, posteriormente devolvido à União.
Segundo a sua advogada, Gabriella Soares, o proprietário da GPA teria sido vítima de uma fraude, pois alega que o mesmo não requisitou e nem recebeu qualquer parcela do auxílio emergencial federal.
Fonte: Atual 7.