Os deputados federais maranhenses Julião Amim (PDT), Weverton Rocha (PDT) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB) receberam cerca de R$ 350 mil da empresa JBS como doações de campanha. Os nomes dos parlamentares aparecem na lista entregue à Procuradoria-Geral da República (PRG) pelos executivos do grupo frigorífico durante a delação premiada.
Segundo a planilha, os deputados Julião Amil e Weverton Rocha receberam R$ 100 mil, cada um, já Rubens Júnior, o valor foi maior, R$ 150 mil.
De acordo com um dos sócios da JBS, Joesley Batista, as doações eleitorais eram propinas.
Os políticos negam que os repasses foram irregulares e afirmam que tudo está dentro da legalidade.
Um em cada três integrantes do atual Congresso recebeu dinheiro do grupo JBS na eleição de 2014, segundo planilha entregue pelos delatores à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Juntos, quase 200 congressistas receberam mais de R$ 107 milhões da empresa. De acordo com os delatores, a maior parte dos recursos era propina, mesmo em casos de doação oficial registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Foram beneficiados pela JBS 167 deputados federais, de 19 partidos, e 28 senadores. Os valores são maiores, já que nem todos foram identificados claramente no documento. Vários congressistas atribuem as doações aos seus partidos.
Na lista estão políticos que declararam legalmente o recebimento da contribuição à Justiça, mas também doações de caixa dois e produto de corrupção, conforme os depoimentos de Joesley Batista e Ricardo Saud, presidente e diretor de Relações Institucionais da J&F. O documento não especifica, porém, a situação de cada político.
Entre os nomes financiados pela JBS estão os dois da linha sucessória de Temer: os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Maia aparece como beneficiário de R$ 100 mil. Já no caso de Eunício não há valor. Em depoimento, Joesley disse ter dado R$ 6 milhões ao peemedebis