Objetos, veículos e motocicletas apreendidas durante operações realizadas pelas policias Militar e Civil e acidentes estão se deteriorando e virando sucata nos pátios da Delegacia Regional de Imperatriz, do Instituto de Criminalística e Medicina Legal (ICRIM) e no Fórum de Justiça.
Por conta do grande tempo de exposição ao sol e a chuva, o acúmulo de centenas desses veículos e motocicletas estão virando sucata com a ação do tempo. O armazenamento desses objetos tem se tornado um problema para as autoridades, já que por muitas vezes os proprietários decidem ignorá-los ou não fazem a retirada dos veículos após as apreensões. Com isso, eles se acumulam e ocupam espaço na sede dos órgãos.
De acordo com Eduardo Galvão, delegado regional de Imperatriz quando o veículo tem seguro, a seguradora não tem interesse em recuperar por conta do dano material que ele possui ou por que algumas vezes o veículo está em situação irregular e os proprietários preferem abandoná-los. Ele diz que a solução ideal para o problema seria um projeto de lei que leiloe o veículo e após ele ser reclamado, o dinheiro seja devolvido para o dono.
“Há muito tempo a gente pleiteia a secretaria de segurança que seja enviado à Assembleia Legislativa um projeto de lei para que se estabeleça o que chamamos de ‘parque’. Você vai dar um período determinado a seguradora e ao proprietário para retirar o bem, caso ele não retire o bem ele seria leiloado, o que for apurado depositado. E a frente se devolveria por ventura a quem viesse reclamar”, explica o delegado.
O delegado explica que no caso dos objetos menores como bicicletas, quando os donos não as procuram ou não são localizados após a fase de inquérito elas são destinadas a Justiça e para receber um bem como celular, basta levar a nota fiscal e o boletim de ocorrência. Veículos, drogas e armas ficam na sede da Polícia Civil até ser destruídos ou terem outro destino.
“Aqueles que tem número de série é mais fácil. Se você indicar um bem que tem um número de série a gente tem que conferir se tem alguma dificuldade. Celulares por exemplo tem um número de série e a gente faz a devolução novamente. Se não houver nota fiscal e número de série procure a delegacia com testemunhas de que é o proprietário e dentro da possibilidade a gente devolve. O interesse da polícia é devolver esses bens, afinal não temos depósito”, finalizou.