Do G1 MA, por Clarissa Carramilo
Seis testemunhas de acusação foram ouvidas na manhã desta segunda-feira (6), no primeiro dia das oitivas sobre o assassinato do jornalista Décio Sá. Ao todo, 55 pessoas devem prestar depoimento na fase de instrução do processo, que ocorre entre os dias 6 e 24 de maio, no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.
Os envolvidos começaram a chegar por volta de 10h. Acusados de serem os mandantes, Glaucio Alencar e o pai José Miranda, chegaram primeiro, seguidos de Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha. Depois disso, a imprensa foi convidada a se retirar da sala de audiências.
A presença do assassino Jhonathan de Sousa Silva foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). O advogado de Glaucio Alencar e José Miranda, Adriano Cunha, foi o primeiro a chegar, seguido do defensor do também advogado Ronaldo Ribeiro, Aldenor Rebouças Junior, do advogado de José Raimundo Sales Júnior, o Júnior Bolinha, do promotor Luis Carlos Correa Duarte e do advogado do assassino confesso, Pedro Jarbas.
De forma unânime, os advogados de defesa dos acusados pediram o adiamento das audiências. De acordo com eles, o acesso às escutas telefônicas somente sete dias antes das audiências prejudicou o trabalho da defesa. Mesmo assim, o magistrado não aceitou os argumentos, dispensando somente o acusado Ronaldo Ribeiro da fase de instrução.
Após o depoimento de seis testemunhas, por volta de 12h30, o juiz Márcio Castro Brandão, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, suspendeu os trabalhos. Até a próxima sexta-feira (10), apenas testemunhas de acusação serão ouvidas.
A segunda semana das audiências será reservada às testemunhas de defesa e na terceira, os acusados do processo devem ser interrogados. Terminada a fase de instrução, o MP terá que apresentar alegações finais sobre cada um dos acusados. Depois disso, o juiz vai determinar se eles vão a júri popular ou não.
Advogado critica portas fechadas
O advogado Pedro Jarbas, que defende o asssassino de Décio Sá, Jhonathan de Sousa Silva, criticou a falta de acesso da imprensa e da sociedade civil às audiências referentes à fase de instrução do assassinato do jornalista, realizadas nesta segunda-feira (6), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.
“O interesse para desvendar isso é público ou é do grupo aí? Os crimes dolosos contra a vida são julgados pelo conselho de sentença, que é soberano, é soberania constitucional. E por que que faz segredo? Por que que não pode divulgar? Por que que não pode falar? Por que que não entra? O interesse vai ser sempre público. Se a sociedade tem um interesse particular em que se desvende isso, por que que não?”, completou.
A estudante de direito Adriana Arruda foi impedida de acompanhar. “Eu queria assistir e infelizmente não foi possível. No estágio obrigatório, é obrigatório assistir sete audiências de instrução. Eu queria ficar mais por dentro do que aconteceu, né? Vou tentar assistir o tribunal de júri”, contou.
O Tribunal de Justiça do Maranhãox (TJ-MA) explicou que a decisão é do juiz Márcio Castro Brandão, que preside as audiências. De acordo com a assessoria do órgão, o magistrado achou melhor, por segurança, que a audiência fosse a portas fechadas devido à delicadeza do caso e ao grande número de testemunhas.
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