O vereador Adiel da Silva Lima (PSDB), o tenente Sérgio Reis e mais dois policiais militares, que não tiveram os nomes divulgados, foram denunciados ao Ministério Público por suspeita de crime de grilagem, intimidação e ameaça de morte.
Segundo consta no documento, o fato surgiu a partir de uma disputa jurídica que envolve a titularidade e a venda das terras do povoado Arpoador, na zona rural da cidade de Tutóia, por conta de um projeto da empresa Vita Energias Renováveis Eireli que pretende instalar um parque de geração de energia eólica na região.
Porém, há divergência na comunidade, sendo que grande parte é a favor da instalação do empreendimento eólico e, segundo consta na denúncia, uma minoria, liderada pelo vereador Adiel, mais conhecido com Didi, estaria contra.
Ameaça de Morte
Um funcionário da empresa eólica, Antônio José Figueiredo da Silva, conhecido como Gaum, foi à Delegacia de Polícia Civil da cidade para prestar um boletim de ocorrência contra o vereador Adiel. No depoimento, o homem relata que no dia 24 de novembro, o parlamentar acompanhado de uma caravana e com a presença de policiais militares foi sua à casa ameaçá-lo de morte. A vitima conta, ainda, que se manteve escondido dentro de casa com a família e que teme pela segurança de seus entes.
O documento relata que em 2018, o contrato de arrendamento vinha sendo executado de forma pacífica, tendo sido instaladas torres de mediação para estudos para a obtenção das licenças e autorizações necessárias para instalação do parque. Porém, naquela época, Adiel era presidente da Associação e iniciou um amplo projeto pessoal de enriquecimento ilícito, mediante fracionamento e venda de terrenos no Arpoador no qual ele, na condição de presidente, deu início aos loteamentos indevidos das áreas.
Segundo a representação feita ao MP, à mando de Didi, pessoas estão invadindo e alienando o imóvel comunitário arrendado, além de construir irregularmente na área para tentar impedir a continuidade do projeto.
A denúncia sustenta que há uma sequência de flagrantes de ilegalidades nos atos praticados pelo vereador, que age com o apoio dos policiais militares pertencentes à 3ª Companhia em Tutóia, comandada pelo Tenente Sérgio Reis. E, inclusive, usa a força policial da cidade para garantir a realização de reuniões de articulação com seu grupo e intimidar os moradores que se opõe a ele e tentam lutar pelo direito de proteger suas terras.
Adiel é apontado como réu em processo por não ter prestado contas quando era presidente da Associação do Moradores do Povoado Arpoador. Durante a sua gestão foi firmado contrato de arrendamento com a Vita, tendo recebido na época repasses de mais de R$ 100.000,00 mil. Além disso, o parlamentar está sob liberdade condicionada ao cumprimento de medidas cautelares, por decisão proferida pela juíza Martha Dayanne A. de Morais Schiemann.
Constam, ainda, contra o vereador outros processos na comarca de Tutóia, que cuidam de reintegração de posse por obra das empreitadas de grilagem das terras do Arpoador executadas por ele.
Espero que o blog tenha provas dessas acusações caluniosas. Logo o mesmo irá responder judicialmente.
Existe um documento protocolado no MP