“Nojo e medo” resumem os sentimentos de uma mulher que foi vítima de importunação sexual dentro de um ônibus, em São Luís. Nesse caso, o homem a encarou e se masturbou dentro do coletivo, na última terça-feira (20).
A vítima, que não será identificada por questões de segurança, contou que não foi a primeira vez que se sentiu importunada em um ônibus e agora está com medo.
“Já aconteceu de homens ficarem com olhares maliciosos no coletivo, me deixando muito constrangida. Mas fazer esse ato (masturbação) foi a primeira vez”, contou.
No dia do crime, ela afirma que estava em um ônibus da linha Panaquatira quando, no Maiobão, o homem entrou no ônibus e se sentou próximo de onde ela estava, nos últimos assentos.
“Quando chegou no shopping Pátio Norte, as pessoas que estavam sentadas desceram e ficou somente eu e ele (ele em um lado da janela e eu em outra com as cadeiras vazias separando a gente ). Minutos depois subiu uma moça que sentou entre eu e ele. A passageira olhou para ele e ao mesmo tempo para mim, levantando-se em seguida com a expressão assustada. Logo em seguida, eu peguei minha bolsa me protegendo pensando que era um assalto … e quando olhei para o indivíduo, ele estava com o pênis exposto e se masturbando”, relata.
Naquele momento, a vítima conta que gritou e pediu ajuda, mas os poucos homens que estavam no ônibus não fizeram nada. Enquanto isso, o homem seguiu como se nada estivesse acontecendo.
“Ele estava todo tempo se masturbando, me maliciando, e eu não tinha percebido. Depois de gritar, tive a reação de seguir no ônibus até no Terminal da Cohab para acionar os guardas municipais, que deram voz de prisão e fui direto para a Delegacia da Mulher”, contou a vítima.
O homem que teria cometido o crime foi flagrado pela vítima e por testemunhas. Segundo a polícia, ele se chama José Luís Cardona, de 27 anos, que foi preso em flagrante. Em depoimento, ele negou as acusações e afirmou que é colombiano e vivia há dois anos no Brasil. No entanto, ao apresentar os documentos pessoais, a polícia constatou que José é brasileiro e reside em São José de Ribamar.
Apesar do crime, Luís foi solto no dia seguinte, em audiência de custódia. A juíza de Direito Auxiliar da Entrância Final, Manuella Viana dos Santos, determinou ainda que José Luís não deve se aproximar da vítima durante o processo, não pode sair de São Luís e nem andar pelo Retorno (atual cruzamento) da Forquilha durante um ano.
Do G1,MA