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Vítimas relatam que shopping cobrou por estacionamento e alarme anti-incêndio não tocou

Vítimas do incêndio que atingiu salas do cinema no Rio Anil Shopping relatam que o estabelecimento comercial cobrou o pagamento do estacionamento para poder liberar os carros.

Também já relatos de que o alarme contra incêndio também não disparou.

“Eu desci pelas escadas normais porque o carro tava no subsolo, no estacionamento. Em nenhum momento o alarme disparou, em nenhum momento eu vi equipe nenhuma sinalizando nada. É tanto que eu paguei o tíquete e saí. Foi quando eu ouvi a sirene do Corpo de Bombeiros tocando”, afirmou a operadora de Caixa Abigail Sousa, que presenciou o momento de desespero no Shopping Rio Anil durante o ocorrido no cinema na terça-feira (7).

O cliente Joel Castro mostrou o comprovante no valor de R$ 9,00 referente ao estacionamento — o pagamento foi efetuado às 16h14m. O incêndio no shopping teve início por volta das 16h, segundo o Corpo de Bombeiros.

Ticket e comprovante de pagamento do estacionamento do Rio Anil Shopping durante o incêndio em cinema.

Ele explicou que foi necessário sair “de forma normal”, ou seja, passar o comprovante de pagamento para então a cancela ser liberada.

Alegou ainda que chegou a questionar aos funcionários do shopping Rio Anil se eles tinham algum procedimento para situações de emergência, mas disse que foi ignorado.

Segundo informações dos Bombeiros, o incêndio teve início no terceiro pavimento do shopping, em um projetor de uma sala de cinema.

Duas pessoas morreram e pelo menos 13 foram levadas para o hospital;

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) relatou que pelo menos três pessoas tiveram queimaduras de 2º e 3º graus.

Joel Castro afirma que o alarme anti-incêndio do estabelecimento só tocou “vários minutos depois” que as chamas já tinham tomado conta do prédio. Ele também relata que não tinha “nenhum funcionário” para orientar os clientes e que o esquema de proteção contra incêndio do cinema não funcionou.

Quando o alarme tocou eu e minha família já tínhamos corrido do fogo. O alarme tocou vários minutos depois. Nem a luz da sala acendeu. Tivemos que correr no escuro. A minha esposa chegou a cair no chão e ser pisada, mas consegui levantá-la.”

“Nenhum funcionário do shopping apareceu para orientar. Nada, absolutamente nada. Corremos no instinto e no escuro enquanto vários funcionários faziam vídeos. O que aconteceu ali foi um grande despreparo e nenhuma das medidas para a segurança funcionou”, completou.

O Shopping Rio Anil informou que, “ao identificar o incêndio, o local foi imediatamente evacuado, cumprindo os protocolos de segurança que incluem o levantamento das cancelas de estacionamento e, consequentemente, a suspensão do pagamento”.

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