As atitudes intempestivas do deputado federal e presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, em anular e depois revogar a anulação do processo do impeachment, irão ter consequências bastantes drásticas para o parlamentar.
Entre elas estão, a expulsão do Partido Progressista (PP) e a exoneração do seu filho do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), que já foi consumada. Maranhão corre sério risco de ser afastado da Presidência da Câmara, e para completar, acelerou a análise de inquéritos contra si no STF.
No entanto, o deputado já se assegurou politicamente antes mesmo de ter dado o seu voto contrário ao impedimento da presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de abril.
Maranhão se encontrou no hotel em Brasília com o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, antes do dia da votação de abertura do processo de afastamento, no Congresso. Nesse encontro, ficou acertado que o deputado votaria contra, mas ficaria com a presidência do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), no Maranhão. Lula, ainda ofereceu uma legenda menor, mas Waldir não cedeu.
Segundo fontes do Blog do Neto Ferreira, o parlamentar já sabia que sofreria tais retaliações referidas acima por parte do seu partido – o Partido Progressista, uma vez que a legenda é favorável ao impeachment-, ao votar contra o afastamento de Dilma e que seria expulso do PP, após anular e depois revogar a anulação do processo de impedimento na Câmara.