O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, tem estampado os noticiários nacionais, desde que assumiu a presidência da Casa, na quinta-feira (5). Maranhão também levou os holofotes para ele com a decisão de anular a votação que deu prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrida no dia 17 de abril.
Além das decisões e do cargo que passou a ocupar recentemente, Waldir Maranhão também tem sido destaque na mídia, por estar na mira da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF), assim como o seu antecessor, Eduardo Cunha.
E um dos pontos que Maranhão teme é o resultado das investigações da PF, que interceptou áudios entre o parlamentar e o doleiro Fayed Traboulsi, muito requisitado por políticos em Brasília. O doleiro atuava na teia de corrupção da Petrobras.
Em uma conversa entre o parlamentar e o doleiro, o deputado do PP assegura “coisas” e articular encontro de um prefeito com Fayed. No áudio é possível perceber a relação próxima entre Maranhão e o doleiro.
Waldir Maranhão também é alvo da Operação Lava-Jato. Ele seria um dos beneficiados com o desvio de verbas da Petrobras, conforme delação do doleiro Alberto Yousseff. O parlamentar também é investigado por desvios de fundos municipais. Segundo delações, Waldir Maranhão teria recebido R$ 60 mil por intermediar negociações entre a prefeitura de Santa Luzia (MA) e a quadrilha do doleiro Fayed Traboulsi, no valor de R$ 60 milhões. Áudios da PF também mostram diálogos de Maranhão em suposto esquema de merenda escolar.