O deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) quer barrar a candidatura do colega de parlamento Carlos Lula (PSB) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA).
Em discurso na tribunal da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (28), o parlamentar afirmou que a candidatura do socialista contraria a indicação da bancada da sigla na Casa, o que abre margem para um processo ético contra o correligionário.
“Quero aproveitar enquanto estou filiado ao PSB para pedir a atenção do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Estou esperando alguém da direção nacional entrar com um processo ético com a mesma velocidade que entraram contra mim na campanha, contra o deputado [Carlos Lula] que ontem na tribuna se lançou candidato ao TCE contrariando a orientação da bancada do PSB na Assembleia. Vou protocolar até amanhã [quinta-feira], esse requerimento ao partido, para fazer essa denúncia à Executiva Estadual, para que sejam adotadas as providências com a mesma rapidez que foram tomadas contra mim”, disse.
Na manhã de terça-feira (27), Carlos Lula anunciou que irá concorrer à vaga de conselheiro de contas do TCE em um discurso na tribuna da Casa legislativa. O anúncio causou surpresa entre os deputados, pois o nome do advogado Flávio Costa já era tido como certo para ocupar a cadeira na Corte.
Em sua fala, o socialista apontou falhas e possível inconstitucionalidade nas regras de processo de escolha e disse que se fosse preciso iria judicializar o rito.
A deputada Mical Damasceno fez uma aparte no discurso e garantiu que não votaria em Carlos Lula (veja aqui).
A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB) também se posicionou e rebateu Carlos Lula declarando seu apoio ao advogado Flávio Costa (reveja aqui).
Ela questionou o fato de Carlos Lula, na condição de servidor de carreira do Legislativo, como consultor jurídico, jamais ter apontado inconstitucionalidade do processo. Ela também lembrou que Lula, no passado, na condição de presidente da CCJ, participou do processo de escolha de novos membros do TCE, mas também não havia apontado qualquer irregularidade nas regras adotadas pela Casa.
